segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O(inexcapável) Problema das Introduções

Abro esse caderno de textos e idéias ressaltando que não pretendo criar uma introdução para o mesmo. Introduções são complicadas e por vezes longas e enfadonhas, nos dão uma expectativa, as vezes maior, as vezes menor do que virá a seguir, a tentaiva de fuga dessas ilusões e fundamental para que o que virá a seguir seja apenas ou tudo aquilo que realmente pode ser e é.
Tornar uma introdução , que, por força de regra lógica, introduz, inicia, dá origem à algo a ser construído, em uma forma de apresentação verídica é trabalho quase impossível, já que só se poderia introduzir sabendo do que se tratará a seguir com exatidão, e isso só se dá após a existência do que a introdução se propõe a iniciar.
Visto isso fica claro e evidente que não poderia eu(ou qualquer outro) redigir uma introdução para algo que não existe, uma apresentação para aquilo que não se pode precisar.
No Futuro(aqui com letra maiúscula pois remete ao título do caderno), hei de retornar à problemática das introduções, já com a resposta para essa introdução, pelo menos até aquele ponto.

O que é curioso disso tudo é que fugindo da idéia, tão sedimentada, de criar uma introdução, acabei por redigir uma... Parece que não podemos deixar de apresentar, ainda que com a incerteza, óbvia e evidente, introduzir é, em última análise, "inexcapável".

2 comentários:

Marina Gurgel disse...

é verdade esse problema das introduções sem nada pra introduzir. O mesmo se segue em concluir o que não teve nem começo nem fim. Ainda assim, o ser humano adora intrduções e conclusões. Talvez pra disfarçar um desenvolvimento vazio.

Luiz Candreva disse...

Lendo o seu comentário me surgiu o seguinte: introduzimos pq precisamos renovar reciclar uma idéia antiga e mostra-lá como nossa e nova, no fundo a introdução, já que introduz o desconhecido, no fundo recorda e recicla idéias e experiencias do passado, já quanto às conclusões, bom essas são os primeiros passos para poder (re)introduzir, ou seja, uma idéia acaba e outra pode surgir em seu lugar... realmente não passa de uma re-análise de um grupo central de idéias... é raro surgir uma nova idéia, Daí pq qdo surge há tamanho alvoroço em torno dela e de seu idealizador.... Será?!